Câncer de pulmão: diagnóstico e tratamento

O conteúdo a seguir é baseado no artigo científico ‘Lung cancer: diagnosis and management’, publicado em 2022. O link para o artigo original está disponível ao final deste texto.

Câncer de Pulmão: O Que a Ciência Diz Sobre Diagnóstico, Tratamento e Prevenção

O câncer de pulmão é um dos maiores desafios da medicina moderna. Só nos Estados Unidos, ele é responsável pela maior parte das mortes relacionadas ao câncer — e a taxa média de sobrevivência em cinco anos é de apenas 15%. Mas por que isso acontece? E como a ciência tem trabalhado para mudar esse cenário?

Fumar ainda é o principal vilão

O fator de risco mais associado ao câncer de pulmão continua sendo o tabagismo. Embora campanhas de conscientização tenham reduzido o número de fumantes em muitos países, o cigarro ainda causa danos pulmonares que podem levar à formação de tumores malignos ao longo dos anos.

Tipos de câncer de pulmão: qual a diferença?

Do ponto de vista médico, os cânceres de pulmão são classificados em duas grandes categorias:

  • Carcinoma de pequenas células (Small Cell Lung Cancer – SCLC)
  • Carcinoma de não pequenas células (Non-Small Cell Lung Cancer – NSCLC), que se subdivide em:
    • Adenocarcinoma
    • Carcinoma de células escamosas
    • Carcinoma de grandes células

Essa distinção é mais do que técnica: ela influencia diretamente as decisões de tratamento e o prognóstico do paciente.

Diagnóstico: como é feito?

Quando há suspeita de câncer de pulmão, a investigação é minuciosa. Os médicos realizam:

  • Coleta de amostras de tecido (biópsias) por diferentes métodos, como broncoscopia, toracocentese ou punção com agulha.
  • Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e PET scan, para verificar a presença de metástases (ou seja, se o câncer se espalhou).
  • Análise do histórico clínico e exames físicos, essenciais para montar o quebra-cabeça do diagnóstico.

Tratamento: depende do tipo e estágio do câncer

Para os casos iniciais de carcinoma não pequenas células (estágios I a IIIA), a cirurgia é geralmente a melhor opção. Já em casos mais avançados, o tratamento pode envolver:

  • Radioterapia
  • Quimioterapia
  • Cuidados paliativos, focados no conforto e na qualidade de vida

No caso do carcinoma de pequenas células, que costuma ser mais agressivo, a quimioterapia combinada com radioterapia é o padrão.

E quanto ao rastreamento precoce?

Apesar dos avanços na detecção por imagem e no interesse crescente da comunidade científica, nenhuma grande organização médica recomenda atualmente o rastreamento universal para o câncer de pulmão em pessoas assintomáticas. Isso acontece porque os riscos, como falsos positivos e tratamentos desnecessários, ainda são motivo de debate.

A melhor prevenção continua sendo parar de fumar

Mesmo com toda a tecnologia e inovação em diagnóstico e tratamento, a medida mais eficaz para prevenir o câncer de pulmão ainda é a cessação do tabagismo. Parar de fumar é uma das decisões mais importantes que uma pessoa pode tomar para proteger a própria saúde.

Conclusão

O câncer de pulmão ainda é um dos cânceres mais letais, mas a ciência avança constantemente no entendimento e no combate à doença. Técnicas de diagnóstico estão cada vez mais precisas, os tratamentos estão mais personalizados, e ferramentas como inteligência artificial e aprendizado de máquina prometem revolucionar esse cenário nos próximos anos.

Lung cancer: diagnosis and management

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17225705

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