Você já ouviu falar que o fenótipo é resultado da genética + ambiente? Pois bem, esse fenótipo se manifesta por meio da expressão dos genes, que gera o mRNA, e o mRNA, por sua vez, será traduzido em proteína, compondo nosso fenótipo. Mas como criamos um mRNA?
Antes da sequência codificadora do DNA, existem regiões regulatórias importantes, como a TATA box, que faz parte do promotor. Nela, atuam elementos cis (no próprio DNA) e elementos trans (proteínas reguladoras vindas do meio celular).
As proteínas trans se ligam aos elementos cis, formando um complexo de iniciação que recruta e ativa a RNA polimerase II. Essa enzima abre a dupla hélice do DNA localmente e transcreve a fita molde, criando uma cópia complementar na forma de pré-mRNA.
Durante esse processo, é adicionada uma modificação química chamada CAP 5’ na extremidade inicial do RNA, que aumenta sua estabilidade e facilita a ligação com o ribossomo no futuro. Ao final da transcrição, é adicionada uma cauda poli-A na extremidade 3’, composta por dezenas de adeninas.
O pré-mRNA então passa por um processo de splicing, realizado pelos spliceossomos, que removem os íntrons (regiões não codificantes) e mantêm os éxons, que compõem a sequência madura.
Após isso, temos um mRNA maduro, pronto para sair do núcleo e ser traduzido em proteína nos ribossomos.